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16/05/2009

O que é a Igreja?

Esta é uma pergunta que com muita frequência tem sido levantada por muitos entre o povo que professa o nome do Senhor. Alguns perguntam com sinceridade, com verdadeiro desejo de receber do Senhor luz e entendimento. Outros a fazem, e infelizmente, não diante de Deus. Fazem-na apenas buscando oferecer as respostas que mais satisfazem seus próprios corações e suas próprias cobiças. E daí, a cada ano, década e mesmo a cada século que tem passado, vemos uma situação tão caótica e com grande afastamento do propósito original de Deus em Cristo Jesus para a Sua Igreja.

Que loucura o que vemos hoje no meio da chamada cristandade! Quanta edificação de um nome que não o do Senhor. Nos faz lembrar o desejo e a expressão proclamada antes de Babel: ”…eia, edifiquemos uma cidade e uma torre…e tornemos célebres o nosso nome”. E a consequência foi a confusão de línguas! Quanto desejo de edificação de “domínios”, “impérios”  e tudo em nome de Cristo. Muitas coisas feitas de uma forma que até mesmo o mundo se escandaliza. E no entanto, tudo isso tem sido chamado de “igreja”.  

Deixo abaixo com você o artigo de Austin Sparks que li hoje pela manhã onde ele dá uma resposta a essa pergunta. É certo que esta não é uma resposta completa, mas certamente ela mostra algo que está no coração de Deus.

Que o Senhor possa iluminar os olhos do nosso entendimento e que sejamos encontrados por Ele edificando aquilo que permanecerá diante DEle.

No amor do Senhor.

BP

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O que é a igreja? O pensamento de Deus não é o Cristianismo; não é o de ter igrejas como centros organizados do Cristianismo; não é a propagação do ensino e empreendimento cristãos. O pensamento de Deus é o de ter um povo na terra no qual, e no meio do qual, Cristo é tudo em todos. Esta é a igreja. Temos que revisar nossas idéias. No pensamento de Deus a igreja começa e termina com isto – a absoluta supremacia do Senhor Jesus Cristo. E o que Deus está sempre buscando é juntar aqueles de Seu povo que mais completamente concretizarão este pensamento dele, e serão para Ele a satisfação de Seu próprio desejo eterno: o Senhor Jesus em todas as coisas tendo a preeminência e sendo tudo em todos. Ele ignora a grande instituição, a assim chamada “Igreja”, e está com aqueles que em si mesmos são de um humilde e contrito espírito e que tremem diante de Sua palavra, e nos quais o Senhor Jesus é o único objeto de reverência e adoração. Estes satisfazem o coração de Deus. Estes, para Ele, são a resposta à Sua eterna busca.

 

Vocês percebem que a Palavra de Deus diz isto. Vejam novamente Cl 3:11: “no qual não pode haver grego nem judeu, circuncisão nem incircuncisão, bárbaro, cita, escravo, livre; porém Cristo é tudo em todos”. Eles têm se revestido “do novo homem, que se refaz para o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou”. Observem atentamente estas palavras e vocês entenderão que este é o homem corporativo, a Igreja, o Corpo de Cristo, “a plenitude daquele que a tudo enche em todas as coisas” (Ef 1:23). E ali, naquele homem corporativo, não pode haver grego ou judeu. Note as palavras. Não diz que gregos e judeus se unem em uma abençoada comunhão. Não, não há nacionalidades na igreja; temos nos livrado de todas as nacionalidades, e agora temos um novo homem espiritual, uma nova criação, onde não pode haver grego, judeu, escravo, livre. Todas as distinções terrenas se foram para sempre – é um novo homem. O braço direito não é um judeu e o braço esquerdo um grego!

 

Não, isto passou. Nesta Igreja há apenas um novo homem – não uma combinação onde anglicanos, metodistas, batistas, congregacionais e todo o resto se juntam e esquecem suas diferenças por um tempo; isto não é a Igreja. Na Igreja estas diferenças não são meramente cobertas por um tempo – elas não existem. Há um Corpo, um Espírito. A Igreja é isto, “Cristo é tudo em todos”. Tenha isto e tem-se a Igreja. Chamar qualquer outra coisa de Igreja e deixar isto de fora é uma contradição. Testem-na através disto.

 

Se é verdade que a vida cristã conforme o pensamento e a mente de Deus é somente isto, “Cristo, tudo em todos”, então somos eu e você verdadeiros cristãos? Pois temos visto que mediante a cruz nós desaparecemos para dar lugar para o Senhor Jesus. Agora, se professamos ter vindo pelo caminho do Calvário até o Senhor, a implicação é que desaparecemos por intermédio desta cruz, para que Cristo seja tudo em todos.

 

O que pensar? Queremos nós um pedacinho do mundo? Nós ainda voluntariamente nos apegamos a esta ou aquela coisa fora do Senhor, porque o Senhor Jesus não tem nos satisfeito plenamente e precisamos ter um contrapeso? Um cristão mundano é uma contradição de termos. Ter um pouquinho de algo fora de Cristo é negar o Calvário e permanecer diretamente em oposição ao eterno propósito de Deus referente a Cristo. Você assume esta responsabilidade? Deus determinou isto desde toda a eternidade no referente a Seu Filho. Podemos nós professar pertencer ao Senhor Jesus e ao mesmo tempo ainda não ser verdade que Ele é tudo em todos para nós? Se podemos, há algo errado, há uma negação, uma contradição. Estamos nos opondo ao pensamento e propósito de Deus. É verdade que Ele é tudo em todos? Ele será isto se tomarmos todo o caminho.

 

Oh! Estas sugestões sutis que estão sempre sendo sussurradas em nossos ouvidos, que se desistirmos disto ou daquilo iremos nos arruinar, e a vida será mais pobre, e seremos reduzidos até que nada tenha restado. É uma mentira! É isto que contrapõe o grande pensamento de Deus sobre nós. O pensamento de Deus sobre nós é que alguém, nada menos que Seu Filho, Jesus Cristo, em Quem toda a plenitude da divindade habita em forma corpórea, seja a nossa plenitude. Toda a plenitude de Deus em Cristo para nós! Você nunca obterá isto ao rejeitá-lo. A vida será muito menos do que precisa ser se você não for até o fim com o Senhor. E o que se obtém em matéria de nossa consagração ao Senhor, nosso inteiro e completo abandono a Ele em nossa vida, nosso deixar completamente tudo que não é do Senhor, isto se obtém no domínio do serviço. Esta carne ama se jactar na obra cristã, e nos diz que se passarmos a ser dependentes do Senhor nós passaremos a ter um tempo de ansiedade. Mas uma vida de dependência de Deus pode ser uma vida de contínuo romance. É ali que fazemos descobertas que são constantes maravilhas.

 

Você pode estar quase morto num minuto e no seguinte o Senhor lhe dá algo para fazer e você fica muito vivo, dependendo dele para cada respiração sua. Assim você vem a conhecer o Senhor. Mas, depois daquela experiência, você se torna de novo inútil e morto por um tempo, contudo você se lembra de que o Senhor fez algo. Então Ele faz de novo; e a vida se torna um romance. Ninguém pensaria que você estava dependendo do Senhor para sua própria respiração. É algo muito abençoado saber que o Senhor está fazendo isto, quando você não pode fazê-lo de jeito nenhum – é humana e naturalmente impossível, mas o Senhor o está fazendo!

 

Prossigamos, amados, no assunto da Igreja. Apliquem o teste. Não estou falando com julgamento ou censura, nem tenciono discriminar num sentido errado, mas deixe-me ser fiel – para nós, nossa comunhão deve estar onde o Senhor Jesus é mais honrado. Nossa comunhão deve estar onde Deus tem o que é seu mais plenamente, onde Cristo é tudo em todos. Nós não podemos estar presos por tradições, por coisas que levantam um clamor e assumem uma denominação. Onde o Senhor é mais honrado, aí é onde nossos corações devem estar; onde tudo o mais é feito subserviente a apenas isto: “Cristo, tudo em todos”. Este é o pensamento de Deus sobre a Igreja, e este deve ser o lugar aonde nossos corações gravitam. O lugar onde Deus vai registrar Seu testemunho e trazer o impacto deste testemunho sobre outros será encontrado onde o Senhor Jesus é mais honrado. E vocês perceberão que onde houver pessoas famintas vocês terão oportunidade de ministério se vocês estiverem completamente em acordo com o propósito de Deus referente a Seu Filho.

 

Extraído do site com o seguinte link:

http://www.austin-sparks.net/portugues/000571.html

29/02/2008

O que a igreja deve fazer na presente época?

Nestes dias tenho refletido sobre qual seria a direção de Deus nossa época para a Sua igreja. O que a igreja do Senhor deve ter como prioritário, ou melhor, o que a igreja deve fazer na presente época?

Normalmente temos a tendência em dar aquelas respostas muito gerais, como por exemplo, pregar o evangelho, acudir ao necessitado, buscar a santificação, ter uma vida de oração etc. Mas não me refiro àquilo que deveria ser a ação da igreja em todas as épocas. Refiro-me àquilo que é específico para a nossa época, para esta geração.

Antes de prosseguir, permita-me mencionar aqui que quando estou falando igreja não estou me referindo a nenhum grupo denominacional, seja católico ou protestante, ou mesmo a qualquer grupo independente. Mas me refiro ao corpo de Cristo que é formado por todos aqueles que, em todos os lugares, receberam a Cristo e foram lavados no Seu sangue e se tornaram filhos de Deus.


Quando olhamos a história da igreja, vemos que em épocas diferentes o Senhor conduziu o Seu povo de modo muito específico. Tomemos como exemplo a época da Reforma. Num período de tão grandes trevas espirituais, o Espírito Santo conduziu o Seu povo para a restauração da verdade da justificação pela fé, do sacerdócio universal de cada crente e da bíblia aberta ao povo. Esse foi o guiar específico do Espírito Santo para aquela época. E a partir daí, como sabemos, Deus restaurou tantas verdades que estavam “ocultas e perdidas” à vista do Seu povo.

Outro exemplo: No século XIX, vimos Deus conduzindo o Seu povo para um grande mover missionário e também restaurando a verdade da unidade da Sua igreja. Muitos dos filhos de Deus começaram a compreender o Seu coração com relação à igreja que é o Seu corpo.

O que vemos sempre na história da igreja, como também na história de Israel no Antigo Testamento, é que o Senhor levanta homens e mulheres que discernem a época em que vivem e conhecem a mente de Deus para saber o que o Seu povo deve fazer de modo muito específico.

A questão que gostaria de colocar é essa: e quanto a nós? Conhecemos a nossa época? E o que devemos fazer como igreja do Senhor?

Há uma expressão muito interessante a respeito dos filhos de Issacar, na época do rei Davi, que diz que eles eram “...conhecedores da época, para saberem o que Israel devia fazer...” (1 Crônicas 12:32).

Como igreja do Senhor Jesus também precisamos de homens e mulheres que possam discernir a época em que vivemos e conhecer qual a direção do Senhor para o Seu povo. Como precisamos dos “filhos de Issacar” hoje!

Quando olhamos para o que tem caracterizado a nossa época, nos deparamos com o fato de que tudo aponta para a iminente volta do Senhor. Todos os sinais estão aí, visíveis para qualquer um, de que esta é a última hora. Estamos nos últimos dias de que nos falam as Escrituras, dias próximos à volta do Senhor! É como o Senhor diz:

“E, certamente, ouvireis falar de guerras e rumores de guerras; vede, não vos assusteis, porque é necessário assim acontecer, mas ainda não é o fim. Porquanto se levantará nação contra nação, reino contra reino, e haverá fomes e terremotos em vários lugares; porém tudo isto é o princípio das dores”. (Mateus 24:6-8)

Temos assistido a isso constantemente, século após século, mas a cada novo período de um modo intensificado.

Entretanto gostaria de chamar a sua atenção para duas passagens das Escrituras falando sobre aqueles dias que antecedem a volta do Senhor:

“Porque assim diz o SENHOR dos Exércitos: Ainda uma vez, daqui a pouco, e farei tremer os céus, e a terra, e o mar, e a terra seca; e farei tremer todas as nações, e virá o Desejado de todas as nações, e encherei esta casa de glória, diz o SENHOR dos Exércitos”. (Ageu 2:6-7, versão Almeida, Revista e Corrigida)

“Aquele, cuja voz abalou, então, a terra; agora, porém, ele promete, dizendo: Ainda uma vez por todas, farei abalar não só a terra, mas também o céu. Ora, esta palavra: Ainda uma vez por todas significa a remoção dessas coisas abaladas, como tinham sido feitas, para que as coisas que não são abaladas permaneçam. Por isso, recebendo nós um reino inabalável, retenhamos a graça, pela qual sirvamos a Deus de modo agradável, com reverência e santo temor; porque o nosso Deus é fogo consumidor.” (Hebreus 12:26-29)


Haverá um tremendo abalo em todas as coisas nos dias próximos à volta do Senhor. No profeta Ageu o Senhor diz que tudo será abalado: céus, terra, mar e todas as nações. E no livro de Hebreus o Senhor promete que abalará não só a terra, mas também o céu. E por quê? “Para que as coisas que não são abaladas permaneçam”!

Nesse período final que antecede a volta do Senhor, veremos o abalar de Deus de um modo intenso e em toda a terra. Todas as nações serão sacudidas para que aquilo que não é abalável permaneça e se manifeste.

“Bem”, alguns podem argumentar, “isso acontecerá com as nações, mas com a igreja nada deve acontecer”. Será? Creio que não. É também por causa da igreja que esse abalar de Deus começa a ser intensificado. Ou será que a igreja do Senhor, o povo do Senhor, não tem colocado no centro de suas vidas coisas que são abaláveis?

O Senhor usará todos esses abalos para despertar a sua igreja. Para que muitos dos Seus filhos possam ter como centro em suas vidas aquilo que é de Deus, do Seu Reino que é inabalável! Ou como nos diz em Hebreus, ”recebendo nós um reino inabalável, retenhamos a graça, pela qual sirvamos a Deus de modo agradável”.

Certamente esses abalos de Deus podem trazer muitas aflições sobre o povo do Senhor, mas ainda assim é a manifestação do amor de Deus para com o Seu povo levando-o a desarraigar-se das coisas terrenas, passageiras, a fim de buscar as coisas do alto, onde Cristo vive, assentado à direita de Deus.

Para ilustrar o que estou querendo dizer, cito apenas um exemplo. Pense por um momento no colapso da economia mundial. Veja o que tem acontecido exatamente nestes dias com a economia dos Estados Unidos da América. O dólar está perdendo o seu valor de maneira impressionante. O desemprego está crescendo assustadoramente na economia número um do mundo (tudo nos indica que em breve não será mais a número um). Nos meses recentes, milhares, senão milhões, de pessoas perderam as suas casas naquele país. E pergunto: será que há irmãos afetados por este abalo? Naturalmente que há! Certamente muitos estão vivendo em dificuldades com esta nova situação.

Há um aperto que atinge não só as pessoas não cristãs, mas também os crentes em Jesus. Lembremo-nos das palavras do Senhor Jesus: “Porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração” (Mateus 6:21)

E em várias situações, não só na questão econômica, temos visto um forte abalo. E exatamente nesta época presente do abalar de Deus, vemos de um modo geral a igreja do Senhor vivendo numa situação semelhante à de Laodicéia. Profeticamente Laodicéia é o último estágio da igreja antes da vinda do Senhor. Cremos que de um modo geral o que está descrito ali, é o que caracteriza o período atual da igreja.

Ela pensa a respeito de si mesma: “sou rica, abastada, de nada tenho necessidade”. Mas o Senhor a vê de modo muito diferente: “e nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cega e nu”.

O evangelho que tem sido pregado não é o evangelho do Senhor Jesus, mas o “evangelho” da prosperidade. Um evangelho que conduz as pessoas a serem inimigas da cruz de Cristo e a buscarem os seus próprios interesses. Um evangelho onde o homem está no centro e não Cristo! Tudo gira em torno da felicidade e sucesso do homem e não da glória de Deus. Onde Deus é o servo e não o homem! Onde o homem na sua loucura e insensatez quer “determinar” o que o Soberano Senhor deve e não deve fazer. Oh, quanta tolice e quanto engano das trevas.

Quanta “auto-ajuda” tem chegado até à igreja tendo os púlpitos como porta de entrada. O que tem sido pregado incansavelmente tem sido aquilo que atrai as multidões, mas não a palavra da cruz que é loucura para os que se perdem, mas para nós o poder de Deus. Tem sido colocado no centro da igreja coisas totalmente abaláveis que não podem permanecer. E o Senhor está do lado de fora, batendo à porta! Louvado seja o Senhor porque mesmo nesta situação, o seu desejo de estar com a igreja permanece. Ele está desejoso de entrar e cear, de ter comunhão. Bendito seja o Senhor pela sua misericórdia e seu amor incondicionais por cada um de nós Seus filhos.

Diante desta situação, da época em que vivemos, o que devemos fazer como igreja do Senhor? O que Deus deseja para o Seu povo em nossa geração? O que devemos priorizar?

Gostaria de deixar em aberto essas perguntas, e convidá-lo (a) a permanecer um tempinho aqui nessa “Esquina de Comunhão” e compartilhar com todos nós o que você crê ser a(s) resposta(s). A palavra está com você, é só entrar nos comentários e nos dizer.

Nele, que nos enviou o Espírito Santo para nos guiar a toda a verdade,

BP