09/06/2016

A alma generosa prosperará (8/8)

A ninguém fiqueis devendo coisa alguma, exceto o amor 
O quinto aspecto que quero mencionar diz respeito às nossas dívidas. Paulo diz, em Romanos 13:8: “A ninguém fiqueis devendo coisa alguma, exceto o amor...”. Se você quer honrar ao Senhor em sua vida financeira, então, tome hoje uma decisão: elimine as suas dívidas. A dívida corrói você e seu patrimônio. Juros são algo terrível. E os juros compostos, juros em cima de juros?! Se você extrapolou os seus limites e passou a utilizar o cheque especial, pagando juros de mais de 10% ao mês – Baratinho, não? –, mais de dez por cento está sendo corroído. Esse não é um princípio de Deus.
Dentre os que me lêem, provavelmente alguns de estão com dívidas e precisam  acertar isso. Porque o livro de Provérbios diz que aquele que é devedor se torna escravo do seu credor (cf. Pv 22:7). Se você vive constantemente em dívida, vive escravizado.
Como sair das dívidas? O primeiro ponto é nos perguntar: por que entramos em dívida? A primeira resposta que me vem é: porque não estamos aprendendo a estar contentes. Paulo diz: “Tendo sustento e com o que nos vestir, estejamos contentes” (I Tm 6:8); “Aprendi a viver contente em toda e qualquer situação” (cf. Fp 4:11); “Tenho a experiência, tanto de fartura quanto de escassez” (cf. Fp 4:12). Ele não sabia! Ele aprendeu a viver contente, e nós temos que aprender.
O problema da dívida é porque nos recusamos a viver no padrão que temos. É algo que sentimos no coração, a insatisfação com nosso padrão de vida. Então, a pessoa se sente na obrigação de se endividar para comprar um carro novo, um vestido novo, uma calça nova, um tênis novo. E com a facilidade das prestações que o comércio oferece, a pessoa vai comprando e se endividando.
É preciso nos fazer esta pergunta: por que estou contraindo dívidas? Tome a decisão de não contrair dívidas. Você sentirá liberdade financeira, o que lhe trará tranquilidade e acabará com muitos dos seus problemas. É a Palavra de Deus que diz: não fique devendo nada a ninguém. Então, se você está devendo, sente-se em casa com sua mulher ou marido, discutam o assunto, vejam o que vocês possuem, elaborem um orçamento e permaneçam dentro dos limites. É melhor você se privar de algumas coisas e viver em paz. O mundo apresenta vários apelos, e nós estamos cedendo a esses apelos; se alguém tem um carro melhor, uma roupa legal, seus olhos brilham e você decide que também deve ter. Não! A palavra é contentamento. Se Deus lhe deu, e você tem condições, usufrua. Mas nunca entre em dívida. Comece a observar esses padrões de Deus. Eles farão muita diferença na sua vida. Dívidas te deixam aprisionado. Tome a decisão hoje: parar de fazer dívidas e buscar a graça de Deus para acabar com as já existentes.
Como você pode fazer isso? O primeiro conselho que lhe dou é orar. Peça ao Senhor que lhe mande o escape. E você deveria também confessar ao Senhor, porque, no fundo, se Deus nos manda fazer uma coisa e a gente não faz, cometemos pecado. É rebelião. A ninguém deveis nada... e nós seguimos fazendo dívida!
Então, a primeira atitude é confessar ao Senhor. Mas o Senhor é misericordioso: peça o socorro, e Deus lhe dará graça para isso. A segunda atitude: vá se aconselhar com algum irmão na fé – ou irmã – que seja sábio. Existem muitas pessoas sábias. Não são pessoas com faculdade, não; são pessoas que possuem a sabedoria dada por Deus. Para minha alegria, recentemente descobri que minha mãe é uma excelente administradora, no que tange à economia doméstica. Ela se aposentou, vive com uma pequena renda, e o que ela faz com aquele dinheiro me deixou impressionado. Sem qualquer estudo acadêmico ela é muito sábia em administração de recursos domésticos.
Portanto, devemos conversar com pessoas sábias. Pessoas que, como a minha mãe, ganham pouco mas têm tudo em casa – uma alimentação primorosa, em que sempre há algo a servir às pessoas que visitam. Como essas pessoas conseguem fazer isso com pouco? Precisamos nos aconselhar com elas. Procure irmãos na fé em que você confia e se aconselhe. Então, tome a decisão de parar de ficar devendo, confesse, ore e se aconselhe. Você já tem dívidas, resolva-as e chega! E assuma a postura de não contrair outras. Talvez nos períodos festivos, por exemplo (natal, dia das crianças etc), em que o apelo do comércio é maior, você terá que explicar às crianças que a compra do presente será adiada, assim como a viagem, porque isso os endividaria e que vocês estão seguindo a orientação de Deus. Não entre mais em furada. Aprenda a estar contente com a situação. Se você não contrair dívidas, você honrará o Senhor.
Sabemos que isso não é simples, tanto que, como mencionei, existem 2.350 versículos sobre finanças na Bíblia. Mas tenho a convicção de que, se você também leu as postagens anteriores, o Espírito Santo falou com você, e que você pode tornar o dia de hoje um marco na sua vida, para você caminhar livre diante do Senhor, abençoando e sendo abençoado.
Que Deus abençoe a cada um de nós. Amém.
NEle,
BP


A alma generosa prosperará (7/8)

Sendo íntegros e não desonestos

O quarto aspecto tem bastante relação com o nosso trabalho. Como nós vamos honrar ao Senhor com os nossos bens, nossa renda, nessa questão de administrar as riquezas que vêm às nossas mãos? Sendo íntegros e não desonestos. Vocês podem considerar essa afirmação muito forte, mas, às vezes, somos desonestos sem perceber. Darei um exemplo simples, no seu trabalho: hoje, com a popularização da internet, existem as redes sociais, as salas de bate-papo. Quanto tempo você gasta com essas coisas no seu trabalho? Você está sendo pago para fazer suas tarefas, e passa uma, duas horas batendo papo na internet, olhando as redes sociais... Isso é honesto? As empresas permitem que você dê uma paradinha de um minutinho, olhe seu e-mail. Mas gastar muito tempo nas redes socias em vez de fazer o seu trabalho, cumprir com a sua obrigação, chama-se roubo. Palavra direta e franca: não é ser honesto.
Na adolescência, ao fazer um lanche num bar com a turminha, era divertido conseguir pegar um bombom sem pagar. É roubo! Não tem importância por ser uma coisinha pequena? Sim, tem toda importância! Lembrem-se: “Foste fiel no pouco”. Devemos ser fiéis no pouco. O Senhor fala: se você não é fiel no pouco, você não é fiel no muito. Então, se alguém rouba um bombom, significa que essa pessoa tem condições de roubar algo maior, só não rouba porque não houve uma pressão para isso ainda. Talvez, diante de um momento de pressão, ela roubaria.
Essa questão da honestidade é muito importante. Paulo escreveu aos Efésios, no capítulo 4: “Aquele que furtava, não furte mais”. Ele falou isso para crentes. Por que para crentes? Porque existe a possibilidade de alguém de nós, mesmo salvo pelo Senhor, ainda permanecer na prática do roubo. Lembram-se da capa de Acã? Ele foi orientado a não tocar em nada. Olhou aquela capa com cobiça, imaginou como ficaria maravilhosa nele. E, discretamente, a roubou. Então, veio a maldição sobre todo o povo. Uma atitude dele prejudicou o povo inteiro (cf. Js 7). Uma atitude nossa também pode causar muitos danos – sejam os cheques sem fundo, ou não pagar os compromissos assumidos. Devemos atentar à honestidade.
A Palavra de Deus diz, em Provérbios 15:6, “Na casa do justo há grande tesouro, mas na tenda dos perversos há perturbação”. Provérbios 3:32, “Porque o Senhor abomina o perverso, mas aos retos trata com intimidade”. Portanto, precisamos ter integridade, retidão. Provérbios 15:6, “O que é ávido por lucro desonesto transtorna a sua casa”. Se, numa negociação, você percebe que ganhou mais, levou vantagem sem o outro perceber, está agindo com desonestidade. Se seu lucro é desonesto, você traz transtorno para a sua casa. Assim diz a Palavra. Provérbios 21:6, “Trabalhar por adquirir tesouro com língua falsa é vaidade e laço mortal”. Provérbios 13:11, “Os bens que facilmente se ganham, esses diminuem”.
Omitir informações na declaração do imposto de renda com o intuito de não pagar o tributo. Inventar coisas para colocar na declaração a fim de se esquivar do imposto. Sonegar. Isso é algo que a maioria das pessoas que não conhecem o Senhor faz, sob a justificativa, por exemplo, de que o governo rouba. Mas muitos que conhecem o Senhor também fazem isso, sabiam? Queridos filhos de Deus, não vamos trazer maldições para nossa casa, para nossa família, para nossa vida. Porque, se agimos errado, essa é uma consequência natural.
Podemos nos considerar muito honestos, e que isso não diz respeito a nós. Mas, após a leitura desses versos da Palavra, em que Deus fala com cada um de nós, é importante checarmos a nós mesmos a fim de honrar ao Senhor vivendo em real honestidade.
NEle,
BP

07/06/2016

A alma generosa prosperará (6/8)

Trabalhando diligentemente 
A terceira forma de honrarmos ao Senhor é com o nosso trabalho diligente. A Palavra de Deus diz que não devemos ser preguiçosos. Paulo exorta os irmãos de Tessalônica: “[...] se alguém não quer trabalhar, também não coma. Pois, de fato estamos informados de que, entre vós, há pessoas que andam desordenadamente [...]” (I Ts 3:10-11). Ou seja, Paulo diz que não se deve ajudar a pessoa que está na preguiça. Então, não pode haver ninguém preguiçoso entre nós, pessoas que pertencem ao Senhor. Devemos ter um trabalho.
Se você tiver necessidade, Deus irá supri-la, você será ajudado. Mas você deve estar trabalhando. Se estiver desempregado, o seu trabalho será buscar um emprego. Orar ao Senhor, procurar as oportunidades. Você não deve ficar comendo o pão na preguiça. Salomão diz, em Provérbios: “O que trabalha com mão remissa empobrece, mas a mão dos diligentes vem a enriquecer-se”  (Pv 10:4). Você deve ser diligente. A preguiça traz a pobreza. Salomão diz: “Vai ter com a formiga, ó preguiçoso” [...] no estio, prepara o seu pão, na sega, ajunta mantimento”.  E por isso ele diz, ainda: “Um pouco para dormir, um pouco para tosquenejar, um pouco para encruzar os braços em repouso, assim sobrevirá a tua pobreza como um ladrão [...]” (Pv 6:6-11)
A forma de honrarmos ao Senhor é como Paulo diz: devemos fazer as coisas não à vista dos homens, não apenas porque eles estão nos vigiando. Independentemente de o seu chefe estar olhando para você, te controlando, você deve fazer como ao Senhor. Assim diz a Palavra. Se você está fazendo o seu trabalho como ao Senhor, será um trabalho benfeito. Ou, no mínimo, será o melhor que você pode fazer. Tenho absoluta certeza disso e lhes garanto, que por causa disso, esteja certo de uma coisa: seu trabalho será reconhecido.
Tenho trinta anos de trabalho e já gerenciei em empresas grandes. Observo esse comportamento com muita percepção, e já fiquei triste algumas vezes, pois trabalhei com pessoas cristãs que não faziam o seu melhor. Fui gerente delas, e constatei que, caso um dia elas saíssem do emprego, eu não poderia recomendá-las a outra empresa. E já ouvi de outros cristãos que não mais dariam emprego a irmãos na fé, porque a maioria se mostrava relapsa, preguiçosa, desonesta. Que testemunho lamentável.
Então, sejamos generosos, mas também precisamos honrar ao Senhor no nosso trabalho. Precisamos trabalhar para termos condições de acudir ao necessitado. Busque sabedoria. Leia o livro de Provérbios. Seja diligente. A Palavra diz, em Provérbios: “Viste um perito na sua obra, entre reis será colocado” (Pv 22:29). Se você buscar a sabedoria de Deus no seu trabalho, você vai prosperar. Não há outra alternativa a não ser prosperar, porque Deus vai te abençoar. É algo natural.
Lembre-se: aquilo que você sabe fazer também é um dom de Deus. Aliás, existe um dom interessante, o qual não vejo ninguém pedindo em suas orações. Em Romanos 12, são mencionados vários dons: o da fé, da profecia, da administração, do serviço... Mas você também encontra lá: o dom da liberalidade. Dom de doar. Você já pediu esse dom? As pessoas pedem outros dons, mas o dom da doação não veja ninguém pedindo. Uma vez fiz essa brincadeira com um irmão, e ele disse que iria pedir esse dom a Deus. Depois de um tempo, ele me disse: – Deus me deu! E, realmente, eu vi no testemunho da vida dele. A primeira coisa que o vi fazendo foi comprar duzentas cadeiras para o local de reunião do grupo de irmãos onde ele se congregava. Deus o prosperou grandemente, foi impressionante. Mas ele não orou para ter o dom da liberalidade para poder prosperar, não! E se você quiser pedir o dom da liberalidade, que seja por amor, para ter um coração liberal.
Mas a habilidade que você tem no seu trabalho é um dom de Deus. Lembram quando foram construir o tabernáculo? A Palavra, em Êxodo, diz assim: “E todo homem hábil a quem o Senhor dera habilidade, inteligência para saberem fazer toda a obra...” (Ex 36:1). O talento que nós chamamos de talento natural vem de Deus também. Você pode se aperfeiçoar, e se você está com dificuldade no seu trabalho, peça sabedoria ao Senhor. Se você não sabe como resolver um impasse, se precisa fazer uma apresentação para o seu chefe ou para quem quer que seja, ou se precisa desenvolver um novo projeto, ore ao Senhor. Peça sabedoria. Faça o seu melhor. Não seja relapso. Não seja preguiçoso. Seja perito, e você será sempre lembrado e “colocado entre reis”.
Já trabalhei muito e com muita gente. Só de você ser responsável, você já ganha muitos pontos. Vejam só, isso não é nada mais do que a obrigação. Por exemplo, um profissional autônomo promete entregar um trabalho em determinada data, mas não entrega. Seja comedido, trabalhe com empenho para que na data acertada você cumpra com seu compromisso. Tenha responsabilidade. São coisas básicas.
Portanto, grandes frutos vêm do seu trabalho – um trabalho honesto, responsável, feito como para o Senhor. Grandes frutos, além do testemunho que você vai dar a respeito disso. Não precisa falar nada, mas as pessoas vão notar que você é um bom empregado, diligente, uma pessoa de confiança e que elas podem contar com você. Faça para o Senhor, a Palavra diz, não quando os homens estão olhando, mas para o Senhor. Isso honra ao Senhor.
NEle,
BP

06/06/2016

A alma generosa prosperará (5/8)

Praticando a generosidade
(Continuação...)
Uma pergunta que sempre é levantada: devemos dar o dízimo ou não? Ou, o dízimo se aplica nos dias de hoje ou não? Existe muita discussão quanto a isso. Se vocês até hoje vivem esse questionamento, gostaria de lhes convidar a abandoná-lo neste momento, e entender que hoje a linguagem da Graça não é mais aquela da lei, em que as pessoas eram obrigadas a pagar o seu dízimo. O dízimo sempre existiu, até antes da lei, e ainda existe hoje, é a décima parte. Mas quero lhes dizer, com plena convicção na Palavra, que o dízimo não existe mais como uma lei para nós.
Vocês podem separar a décima parte da sua renda, mas não em nome da lei pela qual muitos hoje trazem o povo de Deus sob jugo, aprisionando-os com discursos de ameaças: “cuidado com o devorador, se não der o dízimo você está roubando a Deus”. Eles se apresentam como receptáculos, cobradores de impostos de Deus, e fazem do local de reunião a casa do Tesouro. Vários irmãos já vieram me perguntar se, já que têm a obrigação de dar o dízimo, se devem dar sobre a renda bruta ou líquida. Que coração é esse? Essa é uma doação nos termos da lei, não mostra um coração generoso. Isso acontece em consequência do jugo, as pessoas ficam aprisionadas, com a consciência pesada, e ficam jogando com Deus. Mais ou menos como Jacó, elas dão com o intuito de fazer uma troca. Elas barganham com Deus: Senhor, se tu me abençoares te darei o dízimo de tudo. Não, irmãos. Longe de nós. Isso é tão pequeno, tão mesquinho. Mas é possível que vocês estejam com esse questionamento.
Não há problema em dar o dízimo, a décima parte da sua renda – se é isso o que você propôs em seu coração diante de Deus, amém! Mas não existe mais o “imposto”, nesse aspecto a lei passou. A linguagem de hoje, no Novo Testamento, é como Paulo fala: cada um contribua segundo o que estiver proposto no coração. Agora, vou lhes dizer: se sob a lei as pessoas separavam 10% da sua renda, quero lhes encorajar: na graça, separem no mínimo 10%, para que possam abrir o seu coração com generosidade. No mínimo 10%, pode ser que seja mais – alguns irmãos, na história da Igreja, chegaram a viver com apenas 10% da renda e destinaram 90% para a assistência aos cristãos mais pobres e à obra de Deus. Então, faça uma indagação, como diz Pedro, de uma boa consciência, avalie se o seu coração é generoso ou não, e veja em que mar você está navegando nessa questão financeira.
A quem nós devemos dar? Como nós devemos dar? Os pregadores da teologia da prosperidade pregam o dízimo, a fim de obter benefícios para si, e o povo se sente na obrigação de pagar os 10% ao local onde eles se reúnem, sob pena se serem amaldiçoados se não pagarem. Não é essa a realidade de Deus em Cristo hoje. Mas a Palavra de Deus nos exorta a assumirmos nossa responsabilidade em sermos generosos – além do privilégio que teríamos; Paulo diz que os irmãos da Macedônia rogaram para que os deixassem contribuir aos santos também. Vejam só: eles queriam e rogaram para que lhes fosse permitido participar da graça de contribuir. Isso era um privilégio para eles. 
Assistência aos pobres
Devemos ter alguns pontos em vista. A Palavra de Deus diz que devemos repartir, dar, atender em primeiro lugar aos pobres, entre os santos. Mas não apenas entre os santos; também os de fora. Mas, diz a Palavra, primeiramente devemos cuidar dos de casa. Portanto, você deve cuidar das pessoas da sua família – mãe, pai, filhos, mulher ou marido etc. Havia, mesmo na lei, aqueles que, em vez de dar aos pais, separava para levar ao templo, e diziam aos seus pais “que aquilo que podriam aproveitar deles, era Corbã, isto é oferta ao Senhor” (cf. Mc 7:11-12). Jesus, diante disso, afirma que essas pessoas estavam invalidando a Palavra de Deus. Se for para ajudar ao seu pai, à sua mãe, não leve ao “templo”, não. Dê aos seus pais. 
Assistência aos que servem como obreiros e presbíteros
Temos, ainda, aqueles que servem ao Senhor na Palavra. Temos que cuidar deles. Paulo diz: “Digno é o trabalhador do seu salário”. Ele se refere aos obreiros, aos presbíteros que se afadigam no ensino, na Palavra, estão dedicados à obra de Deus e precisam ser assistidos pelos outros. Nós precisamos assumir essa responsabilidade. Há quem pense também que essa deve ser uma atitude dos irmãos que ganham muito, e não de quem ganha pouco. Irmãos, façam como aqueles da Macedônia, que em sua pobreza pediram para doar aos santos, e doaram. Paulo diz também que primeiro eles se deram ao Senhor, e depois doaram. É uma responsabilidade com aqueles irmãos que, secularmente, para cuidar das coisas do Senhor e nos ajudar, não possuem emprego e rendimento. Então, se até o momento você não assume a responsabilidade perante aqueles que alimentam a sua alma, você deve assumir. Paulo fala: se você recebe bênçãos e alimentos espirituais de alguém, nada mais justo que você retribua com bênçãos materiais. E declara o que está escrito na lei: você não deve amordaçar a boca do boi enquanto ele pisa o trigo. E completa: era com boi que Deus estava preocupado? Não, Deus queria falar de nós. (cf. I Co 9:1-15)
Portanto, diz a Palavra, aqueles que servem ao Senhor, que vivem do Evangelho, também precisam comer do Evangelho. Nós não podemos nos esquecer dos obreiros, não podemos nos esquecer dos presbíteros que se afadigam no ensino e na Palavra e que têm o testemunho do Senhor. Estes precisam ser ajudados: os de casa, os pobres, os santos em suas necessidades e esses irmãos que atuam na obra de Deus. 
Contribuir para a realização da obra do Senhor
Uma outra coisa para qual devemos contribuir é para que a obra de Deus seja realizada. Meu professor de economia sempre falava: não existe almoço gratuito. Você pode não pagar pelo almoço, mas alguém pagou. Não é verdade? Por exemplo, hoje nós estamos reunidos aqui neste local; este espaço custou dinheiro, existe o custo com aluguel. É algo prático, alguém tem que pagar! E quem vai pagar, irmãos? Nós temos a nossa responsabilidade. Vamos supor que o aluguel deste espaço custe duzentos reais. Nós somos cerca de cem pessoas. Se cada uma doar dois reais, todos participam e provavelmente sem sentir dificuldade. Reforço que este é um exemplo, não estou dizendo que vocês devem fazer dessa forma. Quero chamar a atenção para a responsabilidade que temos. Precisamos contribuir para a realização da obra do Senhor. Por exemplo, no nosso caso, se assumíssemos um valor mensal para viabilizar a realização das reuniões, precisaríamos honrar nosso compromisso, não deixar dívidas. 
Com quanto contribuir?
Quanto devemos separar da nossa renda? Separe uma quantia que você considere justa diante de Deus. Abra seu coração em generosidade, para atender aos santos, aos irmãos que trabalham na obra do Senhor, para atender às necessidades locais. Procure saber como isso funciona no local onde você se congrega, separe a parte que você sente no coração, e contribua. Caso pense que sua contribuição seria muito pequena e se sinta constrangido, sua contribuição é aquele cadarço que o irmão precisava, lembra? É aquele pedacinho de manteiga que a irmã precisava para passar no pão. Você não está doando para homens. O que a mão direita dá a mão esquerda não sabe. Uma boa prática é ter disponível nos locais que ocorrem as reuniões uma caixa para doação, assim ninguém precisa saber quem doou ou quanto colocou lá.
Então, a generosidade é uma boa prática. Passamos por muitas necessidades, claro. Mas não é apenas pelas necessidades que devemos ser movidos, e sim por amor. Precisamos ter um coração generoso.
NEle,
BP
                                                                             (Continua...)

05/06/2016

A alma generosa prosperará (4/8)

Praticando a generosidade
(Continuação…)
Assim, abra seu coração e comece a observar a sua vida. Coloque em seu coração a disposição de ser generoso, de combater toda e qualquer avareza com a prática da generosidade. Na segunda carta aos Coríntios, capítulo 9, Paulo fala que ao ser generoso você está fazendo uma sementeira, está semeando. Ele menciona a oferta que os irmãos da Macedônia deram, e diz: “aquele que semeia pouco pouco ceifará, mas aquele que semeia muito muito colherá”. Ele está falando isso no que tange a dinheiro, à oferta que os irmãos estavam dando. Não faça uma interpretação espiritualizada disso, não pense que a ideia é dar uma palavra boa, dar exortações. Paulo, o apóstolo, não fala nesse aspecto espiritualizado. Não se trata de “semear o bem”. Paulo fala num sentido muito prático, com o pé no chão: é o seu dinheiro. Trata-se daquilo de que você abriu mão e deu, e que representa uma semente que você está plantando. Aquele que semeia pouco pouco vai colher! A pessoa pode ser a mais carnal, a mais mundana, mas que seja um pouco mais sábia. Você quer ser sábio? Se a Palavra diz que a prática da generosidade é uma sementeira, então semeie.
Não diria que semear por querer ganhar muito mostre um coração correto. Agindo assim, você não vai ter o proveito – vai colher, mas não terá o proveito diante do Senhor. Porque, diz a Palavra, até para dar, sermos generosos, temos que ter o amor. A motivação é o amor no nosso coração, o amor de Deus. Lembrem-se do discurso de Paulo em I Coríntios 13, no qual ele fala que, se não houver amor, em nada há proveito. Ainda que você desse todos os seus bens aos pobres, não haveria proveito. Mas se sua generosidade for motivada pelo amor ao Senhor e ao seu próximo, seus atos serão muito grandes diante d’Ele, terão uma importância eterna diante do Senhor.
Jesus, mesmo, quando contou a parábola do administrador infiel, diz para fazermos isso para que sejamos recebidos nos portais eternos. E o Senhor pergunta: “Se, pois, não vos tornastes fiéis na aplicação das riquezas de origem injusta, quem vos confiará a verdadeira riqueza?” (Lc 16:11) Na realidade, toda a nossa situação presente é um treinamento para aquilo que o Senhor implantará em seu Reino no século vindouro. Nós estamos sendo treinados. Essa riqueza de origem iníqua não significa roubar para ter as coisas; é iníqua porque, diz a Palavra, o sistema, o mundo, o dinheiro em si, esse cosmos está posto no maligno, então as coisas são de origem iníqua. Mas nós estamos aqui, devemos ser fiéis na administração dessa riqueza que não é nossa, porque vai chegar o momento em que nos será dada a verdadeira herança. Como diz a Palavra, nós somos co-herdeiros – ou seja, herdamos junto com Cristo todas as coisas. O Senhor tem preparado um Reino para nós, e nesse século vindouro administraremos a verdadeira riqueza.
Portanto, neste momento você está sendo treinado, para que lá no Reino vindouro você possa reinar com o Senhor. “Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor” (Mt 25:21). Isso faz referência ao quê?  Refere-se ao Reino que virá. Não tem relação com salvação eterna. A nossa salvação se dá por crermos em Jesus. O que temos aqui diz respeito a administrar com o Senhor, reinar com o Senhor. Então, temos que abrir o coração para a generosidade. Às vezes, estamos com problemas porque não abrimos o nosso coração e estamos retendo mais do que é justo.
Há um tempo atrás, li uma história de um irmão muito fiel ao Senhor do século XIX. Ele era bispo na Inglaterra, erudito, escreveu muitos livros. Um dia, sentiu falta de um item básico em sua casa. Foi conversar com a esposa. Indagou o que eles estavam retendo, pois não tinham o que estavam precisando. Muito diligente, olhava a casa, à procura de algo. Constatou que tinha muita manteiga em casa. Apontou para a esposa: – Está aqui a resposta, é isto o que estamos retendo! Dividiu a mateiga em pedaços e os enviou para algumas pessoas. Quando fez isso, imediatamente receberam o item de que precisavam. O que considero maravilhoso nesse arranjo de Deus é o seguinte: uma das pessoas que receberam o pedaço de manteiga era uma irmã bem pobre, inválida em uma cama e que comia pão seco já por muitos dias, e ela havia orado ao Senhor pedindo manteiga para comer com pão, e então a manteiga chegou! Vejam como são os arranjos de Deus.
Certa vez, nos Estados Unidos, um missionário tinha problemas com os cadarços dos sapatos, que por diversas vezes arrebentaram. Fez uma oração ao Senhor pedindo um cadarço novo. Então, outro irmão, do outro lado do país, lembrou-se desse missionário e sentiu no coração o desejo de lhe comprar e enviar cadarços. Mas, ao mesmo tempo, sentiu-se constrangido, afinal, enviar cadarços? Mas obedeceu ao sentimento que vinha de seu interior. Comprou os cadarços, colocou-os num envelope e escreveu uma carta com um pedido de desculpas pela encomenda inusitada, e explicou que estava fazendo o que sentia no coração. Quando o missionário abriu a carta, deparou-se com os cadarços que havia pedido ao Senhor.
“Dai, e dar-se-vos-á; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos darão...” (Lc 6:38). Os arranjos de Deus são assim. Ou seja, nossa generosidade deveria estar a serviço das respostas às orações dos filhos de Deus. Não é verdade? A pessoa ora, você abre seu coração e Deus faz a obra. Ao abrir seu coração, você dá, e muitas vezes aquilo é exatamente a resposta ao pedido que a pessoa fez a Deus em oração. E a pessoa que recebe é enriquecida no Senhor, porque vê o suprimento de Deus. Então, o que ela faz? Paulo, em II Coríntios 8 e 9, nos responde: ela vai orar em favor daquele que foi generoso e fez a doação. A Palavra diz: “e eles vão orar com grande afeto por vocês, porque vocês os socorreram”.
Que coisa maravilhosa! Você abre seu coração em favor do outro, e ele vê a resposta de Deus. O irmão sabe que você o ajudou, mas que foi Deus quem mandou a resposta; não é nada humano, carnal. Porque você é mordomo e tudo vem de Deus. Então, a pessoa que foi beneficiária da sua generosidade devolve ações de Graças ao Senhor, e intercede por você. O Espírito Santo faz isso. Quantas vezes, talvez, você já foi abençoado? Deus te encheu de bênçãos, não apenas materiais, mas em tantos sentidos, porque alguém que foi abençoado pela sua generosidade agora clama a Deus em seu favor!
Vejamos o que diz a Palavra; é muito maravilhoso. II Coríntios 9, a partir do versículo 10: “Ora, aquele que dá semente ao que semeia e pão para alimento também suprirá e aumentará a vossa sementeira e multiplicará os frutos da vossa justiça, enriquecendo-vos, em tudo, para toda generosidade, a qual faz que, por nosso intermédio, sejam tributadas graças a Deus” (vs. 10-11). Vejam só, a sua generosidade leva louvor a Deus; aquelas pessoas que recebem a sua generosidade vão ao Senhor com ações de graças. Que maravilhoso! Há um culto a Deus espontâneo: “Porque o serviço desta assistência não só supre as necessidades dos santos, mas também redunda e muito as ações de graças, visto como, na prova desta ministração, glorificam a Deus pela obediência da vossa confissão quanto ao evangelho de Cristo, e pela liberalidade com que contribuis para eles e para todos” (vs. 12-13).
Agora, prestem atenção nisto: “Enquanto oram eles a vosso favor com grande afeto, em virtude da superabundante graça de Deus que há em vós. Graças a Deus, pelo seu dom inefável” (v. 14). Você, de tabela, é mais abençoado, primeiro porque você é generoso e Deus vai lhe recompensar; segundo, pelo que nasce no coração dos beneficiários da sua generosidade, espontaneamente, como fruto do Espírito Santo. Vejam como o exercício da generosidade vai se ampliando, fazendo parte dos arranjos de Deus. Ainda que tenhamos obrigação, não é algo mecânico, mas vai além. É o amor que move o coração, é um coração que se abre generosamente. É alguém que vê o suprimento de Deus na sua vida, e é uma interseção que se levanta em favor daqueles que são generosos.
Paulo recebeu a oferta dos irmãos e diz, em Filipenses: “Recebi tudo e tenho abundância  [...] E o meu Deus, segundo a sua riqueza em glória, há de suprir, em Cristo Jesus, cada uma de vossas  necessidades” (Fp 4:18-19).  Então, é o Deus daquele que foi agraciado com a sua generosidade. Paulo enfatiza: “o meu Deus”, porque Deus supriu a ele, e agora vai suprir também a necessidade de cada um daqueles irmãos. Assim, vejam que bênção é a prática da generosidade.
A generosidade é um assunto glorioso. Esse tema não deveria nos deixar perdidos no meio da chamada cristandade, em razão de como isso é tratado pela teologia da prosperidade. A prática da generosidade não condiz com aquele mercado feito hoje no meio da cristandade. Que aquilo tudo esteja longe de nós! O Senhor nos tem chamado para sermos generosos; essa é a forma de colocarmos sob os nossos pés toda a avareza do nosso coração. E quanto mais você se exercita na generosidade, mais você vê esses arranjos de Deus, mais você vê a mão do Senhor na sua vida e na dos outros. E mais o universo vai mover as coisas a seu favor. Porque isso é um princípio de Deus.
NEle,
BP

(Continua...)

04/06/2016

A alma generosa prosperará (3/6)

Praticando a generosidade

“A alma generosa prosperará, e quem dá a beber será dessedentado”. (Provérbios 11:25)
A prática da generosidade é o segundo aspecto quanto ao que devemos fazer para honrar  ao Senhor. Sermos generosos honra ao Senhor.
Deus é um Deus generoso, não é verdade? O centro do Evangelho é: “Deus amou ao mundo de tal maneira que Ele deu o Seu Filho unigênito para que todo aquele que n’Ele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16). Assim diz a Palavra. Paulo, o apóstolo, nos diz: “Aquele que não poupou o seu próprio Fillho, antes, por todos nós o entregou, porvetura, não nos dará graciosamente com ele todas as coisas?” O coração de Deus é muito grande, Deus é um Deus generoso. E aquele que se aproxima de Deus deve crer que Ele existe e que Ele se torna galardoador dos que o buscam (cf. Hb 11:6).
Assim, sejamos muito práticos: a partir do momento em que temos a consciência de que somos mordomos, é esperado que o nosso coração seja alargado na generosidade. Existe em cada um de nós, por causa da queda, do pecado, uma tendência contrária à generosidade. Uma tendência de avareza. E a única forma de combatermos a avareza em nosso coração, estejam certos disso, é usarmos da generosidade. A cada vez que praticamos a generosidade, estamos como que esbofeteando a avareza que quer emergir em nosso coração. Portanto, sejam bastante generosos. O Senhor mesmo diz, e Paulo lembra no livro de Atos, que “mais bem-aventurado é dar que receber” (At 20:35). Este é um ponto maravilhoso para começarmos a exercitar essa virtude em nossas vidas.
O princípio que rege o mundo é este: para ter mais, precisamos poupar, segurar, reter. É um princípio secular. Mas, pelo princípio do Reino de Deus, se você quer possuir mais, deve fazer o contrário. O princípio no Reino de Deus é dar. E mesmo assim muitos obtêm fé apenas para receber a bênção de Deus, quando estão precisando. Eles têm fé para receber; mas precisamos também ter fé para dar. Exercitar a nossa fé. E a Palavra do Senhor diz: “Dai e dar-se-vos-á, boa medida, recalcada, sacudida, transbordante...”  (cf. Lc 6:38). Olhem que palavras maravilhosas! Dai e dar-se-vos-á! Esta é a promessa do Senhor. Então, pelo Senhor, o nosso coração é motivado a dar. E é interessante que, quanto mais nós damos, mais o Senhor está dizendo que será dado a nós. Esta é uma promessa, a promessa do Senhor. Dai e dar-se-vos-á.
Por meio de Salomão, a Palavra do Senhor também diz que a alma generosa prosperará  (cf. Pv 11:25). Você crê nessa Palavra? Então, se você não está sendo generoso, você é um tolo. Não acha? Até aquele que não tem Deus, o esperto, se fizer essa descoberta, vai querer praticar a generosidade.
Lembro-me de quando era garoto, estava na rodoviária Novo Rio, tinha perdido o ônibus para Belo Horizonte. Era meia-noite, o próximo ônibus sairia por volta das quatro, cinco da manhã. Pensei: o que vou fazer? Vou me sentar aqui e esperar o próximo ônibus. Estavam várias pessoas ali, algumas dormiam, outras trabalhavam. Então, um rapaz se sentou próximo a mim, se dizia irmão, tinha o estilo estereotipado de irmão em sua vestimenta, usava terno e segurava a Bíblia. Começamos a conversar. Num dado momento, ele: “Pois é, irmão, eu estou pedindo sabedoria a Deus”. Eu: “Que coisa boa”. Ele: “Porque Salomão pediu sabedoria, e Deus deu riqueza a ele”.
Entenderam a esperteza? Mas é assim. Até aquela pessoa que não é espiritual tem consciência disso. Então, a Palavra do Senhor diz que a alma generosa prosperará – e isso não se aplica apenas aos irmãos na fé, não. Não é só para aqueles que creem no Senhor. A Palavra de Deus garante que qualquer pessoa que seja generosa irá prosperar. Esse é um princípio do Reino de Deus.
Mas o contrário acontece também. Em Provérbios 11:24-25, a Palavra de Deus diz o seguinte: “a quem dá liberalmente, ainda se lhe acrescenta mais e mais; ao que retém mais do que é justo ser-lhe-á pura perda”. Então, às vezes somos tolos – desculpem a minha expressão e franqueza –, porque nós retemos. Sabemos que precisamos atender a certa necessidade, mas retemos. E sabe o que diz, então, a Palavra? “Ser-lhe-á por pura perda”!
Darei um exemplo da minha experiência, apenas para ilustrar. Uma vez, ganhei algum dinheiro. Era um dinheiro considerável, e eu tinha colocado no meu coração que precisava separar uma quantia boa para entregar a um irmão na fé. Mas fiquei adiando, o tempo passou... Por fim, não entreguei. Então, depois de certo tempo fui sacar meu Fundo de Garantia, que estava aplicado em ações da Vale. Era exatamente no período da crise de 2008, e as desvalorizações das ações da Vale mergulharam. Eu perdi exatamente a quantia que tinha determinado no meu coração que entregaria àquele irmão, mas não o tinha feito.
Se você retém mais do que é justo, ser-lhe-á por pura perda. Foi uma experiência interessante, depois fiquei pensando que precisava acertar aquela situação. Um tempo depois, recebi outra quantia, separei o valor para entregar àquele irmão. E, assim que entreguei, recebi uma notícia sem mais nem menos da empresa onde eu trabalhava: resolveram me recompensar com bonificações. Recebi muito mais do que a quantia que dei ao meu irmão.
Desculpem por usar um exemplo pessoal, não quero chamar a atenção para mim. É apenas para ilustrar, que a Palavra do Senhor é muito clara. Se você é generoso, o Universo que Deus criou – usando a expressão que todos usam – conspira a seu favor! Isso ocorre para que as coisas fluam, para que as pessoas sejam generosas também com você. Porque esse é um princípio do Reino de Deus.
NEle,
BP
                                                         (Continua....)

03/06/2016

A alma generosa prosperará (2/6)

Tendo a consciência de que somos mordomos de Deus
“Honra ao Senhor com os teus bens e com as primícias de toda a tua renda. E se encherão fartamente os teus celeiros, e transbordarão de vinho os teus lagares”. (Provérbios 3:9-10)
A primeira forma de honrarmos ao Senhor diz respeito a termos consciência da nossa mordomia nessa questão das nossas finanças. Não me refiro a privilégios, mas sim à nossa função de mordomos. Nós somos mordomos de Deus.
Tudo o que vêm às nossas mãos não nos pertence, mas ao Senhor. Já temos a consciência clara de que tudo provêm do Senhor? Deus mesmo diz: “Minha é a prata, e meu é o ouro”. Tudo pertence ao Senhor. Davi fez uma declaração maravilhosa ao Senhor. Em oração, em I Crônicas 29, ele diz: “Teu é, Senhor, o poder, e a grandeza, e a honra, e a vitória, e a majestade; porque teu é tudo quanto há nos céus e na terra; teu é, Senhor, o reino, e tu te exaltaste por chefe sobre todos. E riquezas e glórias vêm de ti, e tu dominas sobre tudo, e na tua mão há força e poder, contigo está o engrandecer e a tudo dar força” (1 Cr 29:11-12). Davi teve essa consciência, e quando fazemos essa leitura na Palavra do Senhor fica muito claro para nós que o Senhor é dono de tudo.
Vou fazer uma pergunta muito óbvia: de quem nós somos? A quem nós declaramos pertencer? Talvez na prática nós não vivamos essa realidade, mas a resposta é evidente. Por exemplo, I Pedro diz que somos povo de propriedade exclusiva de Deus; nós fomos resgatados, o Senhor pagou um preço por nós, e nós agora não pertencemos a nós mesmos, mas ao Senhor. Então, se você mesmo pertence ao Senhor, aquilo que está em suas mãos pertence a quem? Ao Senhor! Então, você deve ter a consciência de ser um mordomo do Senhor ao considerar tudo o que vêm às suas mãos, ou seja, os seus bens, a sua renda. A riqueza está nas suas mãos, mas não lhe pertence; você está ali para administrá-la de acordo com a vontade do Dono. Você é o administrador e, por isso, precisa ser fiel Àquele que te confiou.
Em Mateus 25, o Senhor Jesus contou a parábola dos talentos, em que o senhor que era dono daqueles talentos os confiou aos seus servos e se ausentou. No final, no acerto de contas, aquele senhor disse aos dois servos que foram fiéis: “foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei”. Isso se aplica a nós também, nas questões materiais. Às vezes pensamos nessa parábola e nos colocamos no lugar dos servos, mas somente no aspecto espiritual. Não! Na realidade, depois que nós cremos no Senhor, e a nossa vida passou a pertencer ao Senhor, não existe diferença entre o que é espiritual e o que é material. Nossa vida é uma só. E em tudo o que nós fizermos, em tudo aquilo com o que estejamos envolvidos, devemos atentar que estamos diante de Deus. Seja na reunião, no louvor, na adoração, no trabalho, ou no que você estiver fazendo. Estamos diante do Senhor.
Veja o que a Palavra do Senhor diz sobre a nossa condição de mordomos:
“Ora, além disso, o que se requer dos despenseiros é que cada um deles seja encontrado fiel” (1 Co 4:2).
Em primeiro lugar, precisamos ter a consciência de que tudo o que está nas nossas mãos foi colocado pelo Senhor. Tudo o que é permitido que eu possua na verdade pertence ao Senhor, assim como a minha própria vida. Este é um aspecto muito óbvio, o qual creio que todos já sabemos, intelectualmente. Mas precisamos todos entrar nesta realidade. Não podemos ser relaxados nessas questões. Devemos de fato crer e praticar que somos mordomos do Senhor, que Ele é dono de todas as coisas, e que tudo vêm dele. Devemos agir de acordo com o nosso Senhor. Isso significa que, como o Senhor disser para administrarmos o que está nas nossas mãos, assim devemos então proceder. Essa é uma consciência muito prática na nossa vida, e que muda em muito a forma de lidarmos com as questões materiais.
Portanto, este é o primeiro aspecto: somos mordomos. E devemos ser encontrados fiéis quando o Senhor voltar. Faço um convite: que cada um tome a postura de reconhecer o Senhor como dono das nossas próprias vidas e de tudo o que possuímos. Faça como como Davi, que em oração ao Senhor, fala: Porque quem sou eu, e quem é o meu povo para que pudéssemos dar voluntariamente estas coisas? Porque tudo vem de ti, e das tuas mãos to damos” (cf 1 Cr 29:14). Tudo veio Dele.
Então, daqui para frente, você vai pensar no que fazer com a sua casa, com a sua renda. Você é responsável por pensar nisso, buscar conhecer qual é a vontade de Deus com relação aos seus recursos financeiros. 
                                        (continua...)

02/06/2016

A alma generosa prosperará (1/6)

Gostaria de apresentar algumas reflexões sobre finanças pessoais, mas numa perspectiva do reino de Deus. Ou seja, como Deus vê e nos orienta nessa questão. De modo mais pragmático, são alguns pensamentos extraídos da Bíblia que nos dão o norte em como proceder nessa questão das nossas finanças pessoais. Vamos nos ater aos princípios bíblicos e não nas metodologias em como administrar finanças pessoais 
“Honra ao Senhor com os teus bens e com as primícias de toda a tua renda. E se encherão fartamente os teus celeiros, e transbordarão de vinho os teus lagares”. (Provérbios 3:9-10) 
Essa é uma promessa maravilhosa. Mas é uma promessa condicional. Ou seja, você precisa cumprir a sua parte para que aquilo que Deus está prometendo se realize. Essa é uma promessa da Palavra do Senhor presente já no Antigo Testamento, e colocada por Salomão. Salomão foi considerado – depois do Senhor Jesus, naturalmente – o homem mais sábio sobre esta terra, teve grandes empreendimentos e projetos. Então, ele nos dá bastantes recomendações no tocante aos nossos bens, nossa renda, nosso trabalho. Ele indica como nós devemos administrar essas questões diante de Deus. 
Sabe-se que às vezes é difícil falar sobre dinheiro, algumas pessoas realmente se sentem constrangidas e fogem dessa conversa. Para mim, é muito tranquilo. Não tenho nenhum constrangimento em falar sobre isso. Em primeiro lugar, tenho minha consciência muito tranquila diante do Senhor naquilo que tem chegado ao meu coração. Segundo, pela misericórdia de Deus, não tenho nenhuma dependência de qualquer coisa que seja; tenho a minha independência financeira. Assim, me sinto muito tranquilo para tratar dessas questões. 
Antes de entrarmos nesse assunto propriamente dito nos versos citados acima do livro de Provérbios, vamos pensar um pouco. Se você pegasse a Bíblia, se sentasse e fizesse uma leitura do início ao fim, parando apenas para se alimentar e dormir, você levaria em torno de 60 horas para terminar. E se você fosse anotando todos os versículos que tratam de finanças, dinheiro, bens, riquezas, talvez ficasse muito surpreso ao constatar a quantidade de vezes com que esse assunto é abordado na Palavra de Deus. Alguns pessoas fizeram isso; eles anotaram, por exemplo, que na Bíblia há em torno de 500 versículos a respeito de oração. Há outros aproximadamente 500 versículos sobre fé. Vocês sabem quantos versículos há na Bíblia a respeito de dinheiro, de finanças, de bens? São 2.350 versículos. Interessante, não? 
Por que há tantos versículos na Bíblia sobre esse tema? Isso já deveria nos chamar a atenção para o que deve ser algo importante, pois não há nada por acaso na Palavra de Deus. E, de fato, esse é um assunto ao qual o Senhor Jesus deu muita importância. Das trinta e poucas parábolas que Jesus proferiu, dezesseis fazem referência a bens, riquezas e finanças. Então, esse é um assunto que precisa ser bastante compreendido. Nós precisamos andar sob a luz da Palavra de Deus, porque isso trará grandes benefícios para a nossa vida. E não somente benefícios – não vamos apenas olhar para o benefício próprio, pois isso já sabemos que é real –, mas também porque traz honra ao Senhor. E é nesse aspecto que Salomão diz: “honra ao Senhor com os teus bens”, e depois continua, “e também com as primícias da tua renda”. 
Salomão faz essa declaração considerando o contexto da lei, pela qual havia a obrigatoriedade do dízimo. O dízimo era uma espécie de imposto, vamos chamar desta forma. Assim como nós pagamos nosso imposto de renda para o Estado, na nação de Israel era pago o dízimo, que era levado à Casa do Tesouro. Salomão, portanto, fala: “honra ao Senhor”, nesse mesmo contexto. 
Mas, e hoje? Como funciona para nós cristãos? Hoje, a Palavra de Deus diz que estamos libertos da lei, na dispensação da Graça de Deus, em uma liberdade no Senhor. Assim, talvez muitos de nós fiquemos apegados apenas ao resultado dessa bênção de honrar ao Senhor. Nós queremos que os nossos celeiros estejam cheios – quem não quer? Está escrito na Bíblia, a promessa é: e se encherão fartamente. Não é só um pouquinho, não. É fartamente! Então, muitos de nós nos apegamos a essa ideia, queremos nossos celeiros fartos; mas talvez não pensemos na primeira parte, que é honrar ao Senhor. 
Uma pergunta que precisamos responder: como poderemos honrar ao Senhor com os nossos bens e com as primícias da nossa renda? 
Nos próximos posts, mencionarei cinco formas pelas quais podemos honrar ao Senhor.