30/10/2007

O primeiro passo no caminho da vitória

“Clamaram os filhos de Israel ao Senhor...” Jz 4:3

Queridos Amigos:

Nas postagens anteriores vimos os motivos que nos podem levar ao cativeiro espiritual e também que por nós mesmos, na nossa força natural, é impossível sair debaixo desse jugo. Agora queremos avançar um pouco mais nesse assunto tão crucial da nossa carreira cristã. Queremos ver o primeiro passo para o caminho da libertação na nossa batalha espiritual.

Bendito seja o Senhor que sempre provê para o Seu povo um caminho de vitória!

Não cair em cativeiro, em uma opressão dos nossos inimigos espirituais, como já dissemos anteriormente, tem uma condição: fazer do Altíssimo a nossa morada, o nosso refúgio! (Sl 91:9) E fazer do Senhor a nossa morada, dentre outras realidades, implica em estarmos mantendo aquela santa vigilância, nos “fortalecendo no Senhor e na força do Seu poder; revestindo-nos de toda a armadura de Deus, para podermos permanecer firmes contra as ciladas do Diabo (Ef 6:10-12). Embora a nossa posição seja de descanso em Cristo, na Sua obra na cruz, isso não significa passividade, mas ao contrário, significa apropriar-nos pela fé de toda a provisão que nos foi feita em Cristo Jesus nosso Senhor.

Preste atenção nas proposições de Paulo, como “fortalecei-vos”, “revesti-vos”. Elas implicam em ações definidas, concretas, reais que eu e você temos que tomar. E claro, só conseguimos agir nessa direção movidos pela graça de Deus, com a ajuda do Espírito Santo.

O resultado desse posicionamento, desse nosso agir de acordo com aquilo que ordena a Palavra de Deus será “permanecer firmes contra as ciladas do Diabo”! O tomar “toda a armadura de Deus”, tem um objetivo bem definido, que é “resistir no dia mau e, depois de termos vencido tudo, permanecer inabaláveis” (Ef 6:13, Versão RA).

Ó, como na batalha é necessário estar revestidos com a armadura de Deus! Fortalecidos no Senhor e na força do Seu poder! Só assim, podemos permanecer firmes, inabaláveis, contra todas as ciladas e ataques das trevas. Do contrário caímos e somos presas fáceis.

Paulo nos afirma em 2 Coríntios 2:11 que não ignoramos os ardis de Satanás. Ele usará todas as circunstâncias, pessoas, o mundo e a nossa carne com o objetivo de nos derrotar.

Não esqueçamos: há um dia mau em nossa experiência, na nossa caminhada. Há um dia em que parece haver uma conspiração declarada contra nós, e temos a nítida impressão de que há poderes das trevas maquinando toda sorte de ardis contra nós. Você que já tem um tempo a mais com o Senhor pode confirmar essas minhas palavras aqui. Quantas vezes começamos o dia e parece que tudo está tremendamente errado, nada parece dar certo, seja em casa, no trabalho, está tudo tumultuado, as suas palavras são totalmente distorcidas, as pessoas se levantam contra você... uma infinidade de coisas negativas surgem como que do nada.

Mas há também aqueles dias que as ciladas são colocadas na sua frente, só que agora em “tons coloridos, brilhantes”, atraentes, incitando a sua carne com o fim de levá-lo a andar em todas as suas concupiscências. Como são terríveis tais tentações! Há todos os tipos de maquinações do inimigo para nos levar a andar na carne. Ele conhece as nossas fraquezas, e conhecedor que é delas, os seus ministros, os espíritos do mal, vem com todas as suas insinuações para que sedamos nas nossas fraquezas.

Mas bendito seja Deus, “Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado” (Hb 4:15). E a recomendação e a promessa da Palavra de Deus é: “Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna” (Hb 4:16).

Há um tempo mais oportuno do que esse, quando somos assim atacados na batalha, para sermos socorridos e recebermos misericórdia e graça? Ó, meus queridos, posso afirmar de todo coração, como precisamos do socorro, da misericórdia e da graça do nosso amado Sumo Sacerdote!

Mas o fato que está diante de nós agora é: o que fazer caso tenhamos caído, se estamos nesse tão humilhante cativeiro? Como voltar para aquela posição de vitória, como sacudir de cima de nós o jugo que nos impõe o inimigo? O que fazer, a exemplo do povo de Israel, depois de ter-se afastado da presença do Senhor, ver-se oprimido por um "rei Jabim"?

O caminho de volta, o caminho da libertação, começa aqui: “Clamaram os filhos de Israel ao Senhor...” Jz 4:3

O livramento veio a partir desse momento em que os filhos de Israel clamaram ao Senhor. Por causa desse clamor Deus enviou o socorro. A partir desse clamor várias coisas sucederam até que a completa vitória sobre o inimigo veio e o povo pode experimentar tempo de paz novamente. Até então o povo experimentava apenas a opressão, a humilhação, a zombaria, o escárnio do inimigo e o medo espalhado através do seu exército com os seus 900 carros de ferro.

Aqui temos um exemplo do céu se movendo em direção a terra a partir do clamor do povo ao Senhor. Parece que tem sido sempre assim. O Senhor aguarda até que a Ele chegue o clamor, o pedido de socorro e então Ele intervem. Foi assim que Israel experimentou o livramento do cativeiro do Egito. “Disse ainda o SENHOR: Certamente, vi a aflição do meu povo, que está no Egito, e ouvi o seu clamor por causa dos seus exatores. Conheço-lhe o sofrimento; por isso, desci a fim de livrá-lo da mão dos egípcios...” (Ex 3:7-8).

Nesse exemplo não há dúvida. O Senhor moveu o Seu braço somente depois do povo ter clamado. E se você examinar as Escrituras verá que há muitos outros exemplos confirmando que o operar de Deus no meio do Seu povo sempre é assim: primeiro o clamor e depois a intervenção de Deus.

Mas esse clamor do povo a Deus é conseqüência, ou se podemos colocar dessa forma, é a manifestação de alguns fatos que devem acontecer.

Primeiro, esse clamor foi fruto do arrependimento e confissão dos seus pecados. Veja como está registrado o mesmo evento descrito em Juízes no livro de I Samuel: “E clamaram ao SENHOR e disseram: Pecamos, pois deixamos o SENHOR...” (v. 9). O clamor foi fruto do arrependimento. Reconheceram os seus maus caminhos e que haviam pecado contra o Senhor e por isso estavam sujeitos ao cativeiro.

O genuíno arrependimento vem de uma tristeza segundo Deus (2 Cor 7:10). Nos entristecemos por ter ofendido ao Senhor, por termos seguido algum caminho mau e desejamos verdadeiramente nos voltar para o Senhor.

Segundo, esse clamor foi um humilhar-se diante de Deus. Em 1 Pedro 5:6 nos é dito “Humilhai-vos, portanto, sob a poderosa mão de Deus, para que ele, em tempo oportuno, vos exalte”. O desespero do povo o levou a se humilhar diante de Deus. As Escrituras nos lembram que “Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes” (Tg 4:6). Enquanto estivermos confiados na força do nosso braço carnal só experimentaremos a derrota. Mas se nos humilharmos diante do Senhor receberemos graça!

Terceiro, esse clamor foi o reconhecimento de que só o Senhor poderia livrá-los. Eles chegaram ao fim de si mesmos. Reconheceram que neles mesmos não havia nenhuma possibilidade de vencer o inimigo.

Nesse processo de libertação, enquanto colocarmos a esperança em nós mesmos não reconheceremos que somente no Senhor temos a vitória. Recordemos as benditas palavras do Senhor Jesus a seus discípulos: “sem mim nada podeis fazer” (Jo 15:5).

Esse é o primeiro passo para a libertação, para experimentar a vitória sobre o inimigo: “Clamaram ao Senhor”!

Deixo aqui alguns versos da Palavra de Deus que sumarizam o que buscamos mostrar nesse primeiro passo rumo a vitória. Medite neles.

“... Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes. Sujeitai-vos, portanto, a Deus; mas resisti ao diabo, e ele fugirá de vós. (Tg 4:6-7)

“Humilhai-vos, portanto, sob a poderosa mão de Deus, para que ele, em tempo oportuno, vos exalte” (1Pd 5:6).

“Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna (Hb 4:16).


Consideraremos, posteriormente, os próximos passos que o povo de Israel deu rumo a Vitória.

O que colocamos aqui é apenas uma parte do “sujeitai-vos a Deus, humilhai-vos sob a poderosa mão de Deus”. Precisamos avançar ainda para a outra verdade de “resisti ao diabo e ele fugirá de vós”.

Que o Senhor o (a) fortaleça para a peleja!

No Seu amor e unidos com Ele na Batalha Celestial,

BP
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Um comentário:

Anônimo disse...

Amén. Y he aquí que tenemos un Padre que siempre está atento a nuestro clamor, pues Él es un Dios de misericordia, y se compadece de nosotros, sabe que somos débiles;si por descuido hemos sido afectado por el maligno, gloria a Dios que podemos retomar nuestra comunión con él por medio de Cristo. Cada día sus misericordias son nuevas, y su gracia no tiene fin. Que el Señor siga bendiciendo esta página y que Él saque provecho de todo lo que nos ecribamos aquí, exhortándonos unos a otros en el amor de Cristo. Gracias por el mensaje BP.
Saludos,Sandro.