Pais convertidos aos seus filhos não usam de
abusos
Os pais que são convertidos aos seus filhos não usam de forma alguma de
abuso para com eles. Eu tenho visto muito abuso dos pais para com seus filhos.
Todo tipo de abuso.
Abuso verbal é o mais comum
deles. Quantas palavras os pais lançam sobre seus filhos que são verdadeiras
maldições? Você é uma autoridade para a vida dos seus filhos, assim Deus te
constituiu. As suas palavras têm muito peso na vida dos seus filhos. Eles
crescem com palavras que vão amaldiçoá-los por toda a vida. E você, como servo e
serva de Deus, precisa se arrepender e retirar essas palavras, esses abusos
verbais com relação a seus filhos. Às vezes, você simplesmente não ama seu
filho e o despreza, então você manifesta isso verbalmente. “Fulano não tem condição. Nunca vai ser
ninguém.” Um abuso verbal. “É muito burro.
Que menino burro.” Como é que você fala isso para alguém que foi feito à
semelhança de Deus e é seu filho, que Deus te confiou?
E, assim, há vários exemplos negativos. Cuidado: as suas palavras são
sementes que podem germinar e produzir frutos, ou para bênção ou para maldição.
Pais convertidos aos filhos não usam de abuso verbal para com eles.
Abusos físicos. Deus
estabeleceu uma forma para disciplinar; está lá em Provérbios: “a vara da disciplina afastará da criança a
estultície, a tolice” (cf. Pv 22:15). Sim, a vara. Mas não foi a sua mão
para esbofetear seu filho. A vara da disciplina, com todo o carinho, com todo o
cuidado e com toda a reverência. E não para espancar seu filho, e não para
derramar sua ira sobre seu filho. Se você vai disciplinar seu filho com ira,
você está pecando contra Deus e contra seu filho. A correção com a vara, como
diz a Palavra, é o último recurso que você usa com seu filho. Mas muitos usam
como o primeiro recurso, não é?
Se Deus fosse disciplinar você, como primeiro recurso, o que seria de você?
Você estaria aqui? Responda aí dentro do seu coração. Imagine se todas as vezes
que errássemos Deus usasse de disciplina conosco. Correção com a vara é o
último recurso.
É claro que há momentos em que a vara da disciplina será necessária, sim;
a Palavra diz. A vara da disciplina afasta a estultície da criança, produz o
arrependimento nela, produz o quebrantamento. Mas você não pode abusar do seu
filho.
E, às vezes, os filhos crescem e os pais continuam querendo aplicar a disciplina
da vara. E aquele papo comum – principalmente em uma sociedade machista na qual
fomos criados – dos pais, os homens, que eu ouvi várias vezes, dizendo: “Meu filho, não interessa, pode estar com trinta
anos; se precisar, eu bato nele”. Essa é a coisa mais ridícula que eu já
ouvi na minha vida. Não ache que dizendo isso você tem a aprovação de Deus. O
que é isso? Seu filho pode até aceitar, por ser convertido a você, vai suportar
essa sua afronta. Isso é extremamente estúpido, e se alguém pensa e fala assim
deve se arrepender. Claro que isso é um exemplo extremo, mas eu já ouvi, por
isso estou citando para ilustrar.
Eu me lembro de um irmão na fé que estava nos falando sobre educação de
filhos. Ele teve uma experiência muito bonita. Certa feita ele estava com seu
filhinho, pequeno ainda, de alguns aninhos. Estava com sua mão estendida e seu
filhinho colocou a mãozinha dele em cima da mão do pai. De repente, percebeu
que seu filhinho retirou a mãozinha dele de modo assustado. Ele ficou sem
entender até que se lembrou e percebeu o porquê. Porque ele tinha dado umas
palmadinhas no seu filhinho. E ele disse que naquele dia ele aprendeu que
precisava usar a vara e não a mão, como a Palavra de Deus diz. Irmãos, a
Palavra do Senhor é sábia.
Em Provérbios nos é dito do uso da vara da disciplina, da varinha. O
filhinho desse irmão na fé associou que a mão do pai é que fazia mal a ele.
Ainda que a palmadinha não fosse exagerada, ela levou a criança a fazer uma
associação errada.
Abusos psicológicos, morais. Como os
pais fazem abusos com os filhos de forma psicológica! Quantas pressões
psicológicas sobre seus filhos. Quantas ameaças aos seus filhos. E muitas
vezes, mesmo depois de adultos, o abuso continua.
Eu me lembro de uma mulher, já com seus trinta e poucos anos, que me
disse o seguinte: “Olha, para a minha
mãe, tudo o que eu faço não está bom. Nunca minha mãe me elogiou. Nunca a minha
mãe falou que alguma coisa que eu fizesse estivesse boa. Sempre ela encontrava
um defeito para falar daquilo que eu fiz”. Que “incentivo”, não é? Aquilo
vai criando uma raiz de amargura no filho.
Deus nos colocou como autoridade sobre nossos filhos. Muitas vezes, você
precisa validar algumas coisas na vida do seu filho. O seu filho quer uma aprovação
sim. Você precisa validar. Isso faz um bem psicológico na vida do seu filho.
Você precisa incentivá-lo, mostrar que você concorda, que você reconhece os
feitos dele.
Mas aquela mulher estava me dizendo, com uma certa dor: “Poxa. Minha mãe nunca, nunca me elogiou”.
Que coisa terrível.
Pais convertidos aos seus filhos declaram seu amor a eles, elogiam
quando tem que elogiar, reconhecem, incentivam, não tem um abuso verbal, um
abuso físico.
E acreditem, é com toda a tristeza que eu digo isto: há pais que abusam
sexualmente dos seus filhos e professam o nome do Senhor. Até isso eu já vi
no meio do povo de Deus.
Pais convertidos aos filhos lançam fora qualquer tipo de abuso. Talvez precisemos
de um espaço maior para falar específicamente sobre esse tema porque há muitas
pessoas machucadas, feridas, doentes – moralmente, psicologicamente e fisicamente
– por causa dos abusos. Os abusadores precisam se arrepender. E aqueles que
foram abusados precisam da graça de Deus para perdoar. Isso é extremamente
difícil. Só a Graça de Deus para nos ajudar. Mas é possível porque o Senhor
está conosco.
Tome a decisão de lançar fora todo e qualquer abuso que porventura você
ainda possa estar praticando com seus filhos!
No amor do Senhor, que nunca praticou qualquer abuso conosco.
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