08/05/2016

Pais e filhos convertidos uns aos outros (8/12)

Pais convertidos aos seus filhos não usam de abusos

Os pais que são convertidos aos seus filhos não usam de forma alguma de abuso para com eles. Eu tenho visto muito abuso dos pais para com seus filhos. Todo tipo de abuso.

Abuso verbal é o mais comum deles. Quantas palavras os pais lançam sobre seus filhos que são verdadeiras maldições? Você é uma autoridade para a vida dos seus filhos, assim Deus te constituiu. As suas palavras têm muito peso na vida dos seus filhos. Eles crescem com palavras que vão amaldiçoá-los por toda a vida. E você, como servo e serva de Deus, precisa se arrepender e retirar essas palavras, esses abusos verbais com relação a seus filhos. Às vezes, você simplesmente não ama seu filho e o despreza, então você manifesta isso verbalmente. “Fulano não tem condição. Nunca vai ser ninguém.” Um abuso verbal. “É muito burro. Que menino burro.” Como é que você fala isso para alguém que foi feito à semelhança de Deus e é seu filho, que Deus te confiou?

E, assim, há vários exemplos negativos. Cuidado: as suas palavras são sementes que podem germinar e produzir frutos, ou para bênção ou para maldição.

Pais convertidos aos filhos não usam de abuso verbal para com eles.
Abusos físicos. Deus estabeleceu uma forma para disciplinar; está lá em Provérbios: “a vara da disciplina afastará da criança a estultície, a tolice” (cf. Pv 22:15). Sim, a vara. Mas não foi a sua mão para esbofetear seu filho. A vara da disciplina, com todo o carinho, com todo o cuidado e com toda a reverência. E não para espancar seu filho, e não para derramar sua ira sobre seu filho. Se você vai disciplinar seu filho com ira, você está pecando contra Deus e contra seu filho. A correção com a vara, como diz a Palavra, é o último recurso que você usa com seu filho. Mas muitos usam como o primeiro recurso, não é?

Se Deus fosse disciplinar você, como primeiro recurso, o que seria de você? Você estaria aqui? Responda aí dentro do seu coração. Imagine se todas as vezes que errássemos Deus usasse de disciplina conosco. Correção com a vara é o último recurso.

É claro que há momentos em que a vara da disciplina será necessária, sim; a Palavra diz. A vara da disciplina afasta a estultície da criança, produz o arrependimento nela, produz o quebrantamento. Mas você não pode abusar do seu filho.

E, às vezes, os filhos crescem e os pais continuam querendo aplicar a disciplina da vara. E aquele papo comum – principalmente em uma sociedade machista na qual fomos criados – dos pais, os homens, que eu ouvi várias vezes, dizendo: “Meu filho, não interessa, pode estar com trinta anos; se precisar, eu bato nele”. Essa é a coisa mais ridícula que eu já ouvi na minha vida. Não ache que dizendo isso você tem a aprovação de Deus. O que é isso? Seu filho pode até aceitar, por ser convertido a você, vai suportar essa sua afronta. Isso é extremamente estúpido, e se alguém pensa e fala assim deve se arrepender. Claro que isso é um exemplo extremo, mas eu já ouvi, por isso estou citando para ilustrar.

Eu me lembro de um irmão na fé que estava nos falando sobre educação de filhos. Ele teve uma experiência muito bonita. Certa feita ele estava com seu filhinho, pequeno ainda, de alguns aninhos. Estava com sua mão estendida e seu filhinho colocou a mãozinha dele em cima da mão do pai. De repente, percebeu que seu filhinho retirou a mãozinha dele de modo assustado. Ele ficou sem entender até que se lembrou e percebeu o porquê. Porque ele tinha dado umas palmadinhas no seu filhinho. E ele disse que naquele dia ele aprendeu que precisava usar a vara e não a mão, como a Palavra de Deus diz. Irmãos, a Palavra do Senhor é sábia.

Em Provérbios nos é dito do uso da vara da disciplina, da varinha. O filhinho desse irmão na fé associou que a mão do pai é que fazia mal a ele. Ainda que a palmadinha não fosse exagerada, ela levou a criança a fazer uma associação errada.

Abusos psicológicos, morais. Como os pais fazem abusos com os filhos de forma psicológica! Quantas pressões psicológicas sobre seus filhos. Quantas ameaças aos seus filhos. E muitas vezes, mesmo depois de adultos, o abuso continua.

Eu me lembro de uma mulher, já com seus trinta e poucos anos, que me disse o seguinte: “Olha, para a minha mãe, tudo o que eu faço não está bom. Nunca minha mãe me elogiou. Nunca a minha mãe falou que alguma coisa que eu fizesse estivesse boa. Sempre ela encontrava um defeito para falar daquilo que eu fiz”. Que “incentivo”, não é? Aquilo vai criando uma raiz de amargura no filho.

Deus nos colocou como autoridade sobre nossos filhos. Muitas vezes, você precisa validar algumas coisas na vida do seu filho. O seu filho quer uma aprovação sim. Você precisa validar. Isso faz um bem psicológico na vida do seu filho. Você precisa incentivá-lo, mostrar que você concorda, que você reconhece os feitos dele.

Mas aquela mulher estava me dizendo, com uma certa dor: “Poxa. Minha mãe nunca, nunca me elogiou”. Que coisa terrível.

Pais convertidos aos seus filhos declaram seu amor a eles, elogiam quando tem que elogiar, reconhecem, incentivam, não tem um abuso verbal, um abuso físico.

E acreditem, é com toda a tristeza que eu digo isto: há pais que abusam sexualmente dos seus filhos e professam o nome do Senhor. Até isso eu já vi no meio do povo de Deus.

Pais convertidos aos filhos lançam fora qualquer tipo de abuso. Talvez precisemos de um espaço maior para falar específicamente sobre esse tema porque há muitas pessoas machucadas, feridas, doentes – moralmente, psicologicamente e fisicamente – por causa dos abusos. Os abusadores precisam se arrepender. E aqueles que foram abusados precisam da graça de Deus para perdoar. Isso é extremamente difícil. Só a Graça de Deus para nos ajudar. Mas é possível porque o Senhor está conosco.

Tome a decisão de lançar fora todo e qualquer abuso que porventura você ainda possa estar praticando com seus filhos!


No amor do Senhor, que nunca praticou qualquer abuso conosco.

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